Mais alguma brilhante cartada? Argentina 0 x 0 Colômbia.

Definitivamente a noite e a estratégia de Batista para a Argentina precisam ser esquecidas após a noite de 06/07 em Santa Fé. A Argentina empatou com a Colômbia e mesmo assim precisa comemorar, já que as melhores chances apesar da menor posse de bola vieram dos colombianos.

A Argentina mais uma vez veio armada em seu 4-3-3, assim como na última partida diante da Bolívia, mas dessa vez com Zanetti na lateral esquerda e Zabaleta na direita.

A Argentina tinha por mais tempo a bola nos pés, porém Messi e compania pouco fizeram. A defesa argentina continuou pecando na saída de bola, que parecia pegar fogo nos pés de Gabriel Milito, e o que se vía era um Lionel Messi abatido, isolado e Tévez junto a Lavezzi tentando correr pelas pontas, nada mais que isso. 

As laterais funcionaram melhor, e Zabaleta junto a Zanetti cumpriram bem o papel de "laterais de ofício". Zanetti mais uma vez foi o exemplo em campo, onde sem perder a postura desarmou, avançou, fez boas jogadas pelas pontas, como o manual manda. O Interminável Zanetti é um raro exemplo.

A Colômbia assustava nos contra ataques, onde perdeu no 1º tempo dois gols incríveis e explorou sempre a errônea saída de bola portenha.

A Argentina claramente sentiu falta de um meia armador e de um centro avante de ofício. Ficou evidenciado que Tévez não rende pela ponta direita e que Aguero vem rendendo mais que Lavezzi, que ainda não encaixou seu jogo na Copa América.

Banega pouco se aproximou de Messi, que sem um companheiro a altura para tabelar e avançar não cumpriu o que Batista quis, que era jogar mais próximo da meta.

O erro estava diante dos jogadores e de Batista, que mesmo assim no 2º insistiu em não ter um meia armador junto a Messi, e trocou Cambiasso por Gago, Lavezzi por Aguero e Banega por Higuaín.

23)Romero, 3)Zabaleta, 4)Burdisso, 6)Gabriel Milito, 8)Zanetti, 14)Mascherano, 20)Fernando Gago, 16)Aguero, 10Messi, 11)Tévez e 9)Higuaín.

A Argentina no 2º tempo passaría a jogar com um 4-2-1-3 com Higuaín centralizado à frente, e Gago como o responsável pela aproximação. Fernando Gago apesar dos questionamentos, buscou marcar e se aproximar de Messi e dos ponteiros, o que não foi tão eficiente. Tévez e Messi continuavam apagados, e Aguero junto a Higuaín eram os responsáveis pelas principais jogadas de ataque.

Batista optou pela teimosia e continuou vendo o "circo pegar fogo". Trocou um volante por outro, Messi permaneceu isolado, o que fazia com que a bola não chegasse ao ataque a não ser por lançamentos ou chutões.

O desespero permanecía, os cânticos pedindo Maradona começaram, Messi errava coisas inacreditáveis, Higuaín tentava, a defesa insistía em absurdas saídas de bola, e a Colômbia permanecia em ataques perigosos. Romero compareceu e mostrou segurança, para sorte da Argentina.

Ou mudam-se as peças, ou então o caos em campo permanecerá aos olhos de Batista e dos frustrados argentinos.