Analogia: A Seleção Argentina de 4 anos atrás e a atual.

Após o fracasso em 2006 frente aos alemães, José Pekerman deixou o cargo de treinador da Argentina e por sua vez Alfio Basile, até então treinador do Boca Juniors assumiu a equipe com o intuito de restabelecer a Argentina em seu posto e renovar algumas peças falhas do Mundial.



Argentina x Brasil - 03/09/06



O primeiro desafio de Basile foi realizado no dia 03/09/06, na derrota de uma apática Argentina frente ao Brasil no Emirates Stadium. A partida ficaria marcada pela estréia de Aguero e de Basile, que na ocasião realizou algumas alterações e optou em começar a partida com: 

- Abondanzieri, Zabaleta, Coloccini, Gabriel milito, Clemente rodriguez, Mascherano, Lucho González, Bilos, Riquelme, Messi e Tévez.

A partir dalí, Basile começaria sua fracassada jornada na Seleção, salva inúmeras vezes pelo futebol de Juan Riquelme, e por poucos momentos de brilhantismo do então jovem Lionel Messi.Desta forma, os amistosos prosseguiram, e com eles os testes também. A Argentina enfrentou em seguida a engmática seleção francesa dia 07/02/07, desta vez com uma formação mais semelhante ao inteligente time de Pékerman em 2006. Contra os franceses a Argentina seguiu testando, e entrou em campo da seguinte maneira:

- Abbondanzieri, Burdisso, Gabriel Milito, Ayala, Heinze, Gago, Cambiasso, Zanetti, Lucho González, Saviola e Crespo

O resultado foi positivo, e a Argentina comandada por Ayala, Cambiasso, Lucho González e Saviola brilhou e venceu a França por 1 x 0, com gol de Saviola.

Basile também realizava na época observações quanto aos jogadores locais, onde a Argentina realizou um amistoso em Mendoza dia 18/04/07 no empate contra o Chile. O jogo foi marcado por uma forte marcação dos chilenos e pelas atuações de Palacio, Belluschi e Lavezzi, que brilhariam mais tarde na Argentina e mundo afora.

No final de junho de 2007 viria a Copa América, e com ela a esperança do argentino em triunfar depois de 14 anos sem um único título pela seleção principal. Alfio Basile convocou uma seleção baseada em um Riquelme e mais 10, já que Roman brilhava no momento pelo Boca Juniors com atuações fantásticas na conquista da Libertadores 2007. Os 22 convocados ( e seus respectivos clubes na época) foram:

Goleiros: Roberto Abbondanzieri (Getafe-ESP), Juan Pablo Carrizo (River Plate-ARG) e Agustín Orión (San Lorenzo-ARG).

Defensores: Javier Zanetti e Nicolás Burdisso (Inter de Milão-ITA), Roberto Ayala (Valência-ESP), Gabriel Heinze, (Manchester United-ING), Gabriel Milito (Zaragoza-ESP), Daniel Díaz e Hugo Ibarra (Boca Juniors-ARG).

Meio-campistas: Luis González (Porto-POR), Javier Mascherano (Liverpool-ING), Esteban Cambiasso (Inter de Milão-ITA), Fernando Gago (Real Madrid-ESP), Juan Sebastián Verón (Estudiantes de La Plata-ARG), Pablo Aimar (Zaragoza-ESP) e Juan Román Riquelme (Boca Juniors-ARG).

Atacantes: Lionel Messi (Barcelona-ESP), Hernán Crespo (Inter de Milão-ITA), Diego Milito (Zaragoza-ESP), Carlos Tevez (West Ham-ING) e Rodrigo Palacio (Boca Juniors-ARG).

(Como jogava o time de Basile, disponível em: http://afajota.blogspot.com/p/ideologia-tatica.html)

Os remanescentes de 2006 seriam 13 jogadores, com 9 novidades.

Após a derrota na final, na Venezuela.

Messi era em todas as partidas o mais ovacionado pela torcida. A Argentina triunfou em todas as partidas da Copa América, salvo a final, perdeu Crespo lesionado durante a competição e o "9" fez falta no decorrer da Copa. O time de Basile se mostrava dependente de Riquelme, das jogadas em velocidade de Messi e de um homem postado na frente. Milito já não correspondia as expectativas na época, e Tévez assumiu a vaga, e pouco conseguiu render. Mais uma vez a Copa América foi marcada por uma derrota com tons de fiasco para o Brasil (que jogava praticamente com o time "B"), mas desta vez por 3 x 0.

Em seguida Diego Armando Maradona, seria o encarregado da para a preparação do Mundial 2010.

Mais uma vez a Argentina chega de um mundial amargado pelos alemães, com tons de renovação e de um time dessa vez baseado em: Lionel Messi mais 10. Ao contrário da era Basile, a Argentina dessa vez brilha mais nos amistosos realizados, que são superiores em números aos de 4 anos atrás, mas mais uma vez a Argentina busca um "9" na ausência de Higuaín, que deve retornar às vésperas da Copa América, realizada na Argentina em julho deste ano. Outra semelhança é o retorno de Zanetti, após cortes em 2006 e 2010.

A Argentina dessa vez tem Messi "voando baixo", mas não tem um enganche à altura do que Riquelme representou em 2006/2007 na Argentina. Além de um "9" substituto, a Argentina de Batista busca um enganche para o plantel. Contudo, o time de Batista possui menos medalhões que o time de Basile na época, mas se mostra uma Argentina melhor definida taticamente, com um sistema defensivo renovado e com verdadeiros laterais de ofício (atualmente Zanetti e Marcos Rojo).

Resta ao argentino torcer para que o ciclo de um fracasso na Copa América não se repita, e que a "falha nos sistema" não permaneça. A Argentina mais uma vez vem para a Copa América com tons de favorita, com um time superior ao maior concorrente, o Brasil, e cabe ao competente, porém pressionado Batista renovar além do plantel, o ciclo vicioso do histórico fracassado dos últimos anos.

Messi, o encarregado do triunfo de 2011