A partida entre Argentina e Estados Unidos foi marcada por um fato em destaque: Um jogo de ataque contra defesa. A Argentina mais uma vez liderada pela perna esquerda e velocidade de Lionel Messi imprimiu sobre os americanos um jogo baseado em muita velocidade, posse e toque de bola.
O time de Sérgio Batista veio mais uma vez baseado em um 4-3-3 (variação: 4-3-1-2) através da seguinte escalação: Andújar, Zanetti, Burdisso, Gabriel Milito, Marcos Rojo, Mascherano, Banega, Cambiasso, Di Maria, Lavezzi e Lionel Messi.
Análise:
- Andújar foi pouco exigido e falhou no lance de bola parada que originou o gol dos EUA.
- Zanetti mostrou a segurança de sempre, mas pouco avançou, onde o lado direito do ataque era dominado pelos avanços de Di Maria.
- Burdisso e Gabriel Milito demonstraram segurança para o sistema defensivo argentino. Burdisso foi implacável na marcação e Gabriel Milito obteu mais destaque por alguns bons avanços e lançamentos da defesa ao ataque.
- Marcos Rojo atuou de maneira mediana. Fez o papel básico de um lateral: avançar, cruzar e retornar. Porém Rojo, apesar de ser uma das figuras carimbadas de Batista, se mostrou tímido em campo.
- Mascherano atuou de maneira segura, dando excelente cobertura a Cambiasso e Banega.
- Cambiasso atuou impecavelmente. Marcou, deu ótimas saídas de bola, avançou, participou efetivamente dos toques rápidos da Argentina. Marcou o único gol argentino, após rebote do goleiro americano após toque de Di Maria.
- Banega vem sendo minha grande decepção no time argentino. É um excelente volante, mas vem se mostrando lento e apagado no time da Argentina, apesar dos elogios de Sérgio Batista. Banega em certas ocasiões se escondeu em campo, participando muito pouco do rodízio que Cambiasso realizava do meio ao ataque.
- Lavezzi e Di Maria: os dois alternavam constantemente o posicionamento entre as pontas direita e esquerda. Acredito que hoje Lavezzi e Di Maria sejam os jogadores ideais para apoiar as jogadas de velocidade de Messi. Destaco com maior enfoque Lavezzi, que se mostrou muito aguerrido e valente em campo. Di Maria vem obtendo uma crescência na seleção, longe de ser o Di Maria apagado que vimos na Copa do Mundo, mas ainda distante do ótimo Di Maria que se vê no Real Madrid.
- Messi: Lionel na era Batista é impecável. É o melhor jogador do plantel argentino, sem dúvida alguma. Messi é o homem que puxa a bola do meio ao ataque e consegue consequentemente ser o "9" da equipe. Praticamente todas as jogadas de perigo da Argentina passaram pelos pés de "La Pulga". Contra os americanos, Lionel teve mais o apoio de Cambiasso, Lavezzi e Di Maria, e não foi sobrecarregado como foi contra Portugal.
- Lucas Biglia: entrou no lugar de Cambiasso, mas pouco mostrou o futebol que tem. Tudo o que Biglia fez foram algumas faltas e desentendimentos com os adversários. Mas ainda aposto em Biglia na seleção.
Minhas conclusões após a partida contra os EUA são de que a Argentina e Messi renderão melhor com a entrada de um enganche e a consequente saída de Banega da equipe. Pastore é o melhor nome atualmente para a posição de enganche.
Optaria em dar uma chance a Belluschi e observar como ele se comportaria na seleção.
A Argentina mostrou-se claramente carente em certos momentos na partida de um centro avante de ofício, de um homem que saiba trombar, realizar o pivô para as passagens dos atacantes de velocidade, cabecear, como um dia já tivemos Batistuta, Hernán Crespo e recentemente Higuaín, o qual vem se recuperando e deve retornar apenas na Copa América.
Particularmente não alteraria o esquema inicial de Di Maria, Lavezzi e Messi, porém para a segunda etapa a entrada de um centro avante de ofício sería de extrema importância, seja ele: Higuaín, Milito (ambos ausentes por lesão) ou Lisandro López. Algumas vezes a Argentina alçava bolas na área na segunda etapa, com tentativas de cabeceamento de Cambiasso, Lavezzi, Di Maria e Messi, o que tornou-se falho ao depararem-se com uma defesa de grande estatura.
A "Albiceleste" evoluiu em grande nível taticamente, onde há muito tempo não se via uma Argentina tocar a bola e se movimentar como se viu em Nova Iorque. O placar foi mentiroso, mas não injusto, pois a Argentina falhou no gol que sofreu e pecou em tantos lances desperdiçados.
A era Batista é qualificada e promissora.
Gostei da zaga, gostei de ver de volta o "Toque me voy", gostei da performaces de alguns.
ResponderExcluirMas o resultado desagradou, mas infelizmente foi o que poderiam fazer!
Com uma equipe como a Alemanha poderiamos ter levados uns 2 gols deles. É preocupante.
Mas olhando pelo lado bom, temos uma perspectiva de que a seleção vem melhorando e ja voltou com os toques.
Sobre Messi, eu gostaria muito de velo atuar como um famoso ponta de lança, um atacante, ao inves de ficar no meio campo, talvez renderia mais, assim os outros jogadores passariam para ele e conseguiria finalizar. Visto que a marcação em cima dele é acirrada, e ele nao consegue aguentar.
E gostaria de ver um bom "9" de volta ao time, Higuain e Lisandro sao grandes nomes.
Emfim quero ver um show de novo como foi no pos copa contra a Espanha, com Messi, Higuain, Tevez, aguero e Di maria.
Parabens ao blog.
Abraços.